Para "valorizar a diversidade linguística e cultural"
extraído de: Publico PT
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História da língua portuguesaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.O português desenvolveu-se na parte ocidental da Península Ibérica do latim falado trazido pelos soldados romanos desde o século III a.C.. A língua começou a diferenciar-se das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano e das invasões bárbaras no século V. Começou a ser usada em documentos escritos cerca do século IX, e no século XV já se tinha tornado uma língua com uma literatura rica. Colonização romanaEm 218 C., os romanos conquistaram a parte ocidental da Península Ibérica, composta principalmente pelas províncias romanas de Lusitânia e Galécia (atualmente, essa região compreende as regiões centro-sul de Portugal e a recentemente constituída euro-região Galiza-Norte de Portugal). Trouxeram com eles uma versão popular do Latim, o Latim Vulgar, do qual se acredita que todas as línguas latinas descendam e que contribuiu com cerca de 90% do léxico do português. Embora a população da Península Ibérica tenha se estabelecido muito antes da colonização romana, poucos traços das línguas nativas persistiram no português moderno. Os únicos vestígios das línguas anteriores permanecem numa parte reduzida do léxico e na toponímia da Galiza e Portugal. Invasões bárbarasEntre 409 A.D. e 711, enquanto o Império Romano entrava em colapso, a Península Ibérica foi invadida por povos de origem germânica, conhecidos pelos romanos como bárbaros. Estes bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram rapidamente a cultura e língua romanas da península; contudo, e como as escolas romanas foram encerradas, o latim foi libertado para começar a evoluir sozinho. Porque cada tribo bárbara falava latim de maneira diferente, a uniformidade da península rompeu-se, levando à formação de línguas bem diferentes (galaico-português ou português medieval, espanhol e catalão). Acredita-se, em particular, que os suevos sejam responsáveis pela diferenciação linguística dos portugueses e galegos quando comparados com os castelhanos. É, ainda, na época do reino Suevo que se configuram os dias da semana proibindo-se os nomes romanos. As línguas germânicas influenciaram particularmente o português em palavras ligadas à guerra e violência, tais como "Guerra". As invasões deram-se em duas ondas principais. A primeira com penetração dos chamados bárbaros e a assimilação cultural Romana. Os "bárbaros" tiveram uma certa "receptividade" a ponto de receber pequenas áreas de terra. Com o passar do tempo, seus costumes, língua, etc. foram se perdendo, mesmo porque não havia uma renovação do contingente de pessoas e o seu grupo era reduzido. Uma segunda leva foi mais vagarosa, não teve os mesmos benefícios dos ganhos de terra e teve seu contingente de pessoas aumentado devido a proximidade das terras ocupadas com as fronteiras internas do Império Romano. Invasão dos mourosDesde 711, com a invasão dos mouros na península, o árabe foi adaptado como língua administrativa nas regiões conquistadas. Contudo, a população continuou a falar latim vulgar; logo que os mouros foram expulsos, a influência exercida na língua foi pequena. O seu efeito principal está no léxico: o português moderno ainda tem um grande número de palavras de origem árabe, especialmente relacionadas com comida e agricultura, o que não tem equivalente noutras línguas latinas. A influência árabe é também visível nos nomes de locais no sul do país, tais como "Algarve" e "Alcácer do Sal". As palavras portuguesas que comecem por al- são de origem arabe. O despertar da Língua PortuguesaJá em época romana existiram duas provincias diferenciadas no que seríam os territórios em que se formou a língua portuguesa, a antiga província romana da Lusitânia e a província da Galécia a norte. A língua portuguesa desenvolveu-se principalmente no norte de Portugal e na Galiza, nos condados lucense, asturicense e bracarense da província romana da Galécia coincidentes com o território político do Reino Suevo, e só posteriormente, com a invasão da Reconquista e que foi avançando pelo que actualmente é o centro-sul de Portugal. Porém, a configuração actual da língua foi largamente influenciada por dialectos moçárabes falados no sul, na Lusitánia. Por bastante tempo, o dialecto latino dessa província romana e depois do Reino Suevo desenvolveu-se apenas como uma língua falada, ficando o latim reservado para a língua escrita. Os descobrimentos portuguesesEntre os séculos XIV e XVI, com os descobrimentos portugueses, a língua portuguesa espalhou-se por muitas regiões da Ásia, África e América. Pelo século XVI tornou-se uma "Língua Franca" na Ásia e África, usada não só pela administração colonial e comércio, mas também para comunicação entre os oficiais locais e os europeus de todas as nacionalidades. No Ceilão (actual Sri Lanka) vários reis se tornaram falantes de português fluente, e os nobres normalmente adquiriram nomes portugueses. O alastramento da língua foi ajudado por casamentos mistos entre portugueses e as gentes locais (algo muito comum também noutras zonas do mundo), e a sua associação com os esforços missionários católicos que levaram a que a língua fosse chamada de "Cristão" em muitos locais. A língua continuou popular mesmo com várias medidas contra ela levadas a cabo pelos holandeses no Ceilão e Indonésia. A renascençaCom a Renascença, aumenta o número de palavras eruditas com origem no latim clássico e no grego arcaico, o que aumenta a complexidade do português. O fim do "português arcaico" é marcado com a publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516. Mas formas similares ao português arcaico é ainda falado por muitas populações em São Tomé e Príncipe e no Brasil e Portugal rural.
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