Sexta-feira, 23 de Setembro de 2011

Discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da Assembleia-Geral da ONU

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Sábado, 19 de Julho de 2008

Governo cria fundo de Língua Portuguesa

Aqui fala-se Português editou às 09:54
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Quarta-feira, 4 de Junho de 2008

Vamos a ver no que dá...

Portugal aprova protocolo e Brasil quer apressar Acordo Ortográfico
 

O Ministro brasileiro apresentará proposta prevendo o início da reforma ortográfica no Brasil a partir de Janeiro próximo, com um prazo de transição de três anos.

do Mundo Lusíada

O Parlamento português aprovou o segundo protocolo modificativo do Acordo Ortográfico, que permite a entrada em vigor do documento com a ratificação de apenas três países, e abre a possibilidade de adesão do Timor Leste.

Recebendo a notícia com satisfação, o ministro brasileiro da Educação, Fernando Haddad, disse que o Brasil quer acertar com Portugal um cronograma de implantação das medidas estabelecidas no acordo.

O ministro apresentará a proposta elaborada pela Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (COLIP), que prevê o início da reforma no Brasil a partir de Janeiro de 2009, com prazo de transição de três anos para total adaptação no país.

De acordo com o assessor especial do Ministério de Educação (MEC), Carlos Alberto Xavier, somente a partir de 2012 os alunos do ensino fundamental e médio terão acesso aos livros escolares reformados. “Até Janeiro de 2012 todos os vestibulares, concursos públicos e actividades escolares irão aceitar as duas normas para que a população se acostume com as 2 bases do acordo”.

No Brasil, os livros do Ensino Médio de 2009 não possuem as alterações ortográficas e valerão até 2012. Para as séries finais do Ensino Fundamental (5° a 8° série), em 2010, será feita nova compra dos livros já com a reforma.

Mas os livros para as séries iniciais (de 1ª a 4ª série) permanecem como estão até 2012. Segundo o MEC, as mudanças não seriam positivas para crianças em processo inicial de alfabetização, já que a "convivência com os dois livros poderia confundir". Para crianças de 5 a 8 anos deverá ser um período de transição produtivo.

Protocolo aprovado
No dia, 16 de Maio, o Parlamento português aprovou o segundo protocolo modificativo. O que esteve em discussão no parlamento não era o conteúdo do acordo, já ratificado em Portugal, mas apenas o protocolo.

“O português é a única das quatro línguas de relações internacionais que não têm um código ortográfico comum”, disse a deputada Teresa Portugal, do Partido Socialista (PS). Para Rui Gomes da Silva, do PSD, o acordo é importante como património e por “facilitar as relações entre os países lusófonos”. O Bloco de Esquerda também votou a favor do acordo que, segundo o deputado Luís Fazenda, coloca em questão apenas a uniformização da grafia, e não da sintaxe e do vocabulário.

O Centro Democrático Social - Partido Popular (CDS-PP) deu liberdade de voto à sua bancada. O deputado Mota Soares demonstrou apoio à resolução, defendendo que “a soberania portuguesa não é dona da língua portuguesa”, enquanto Nuno Melo afirmou que “a língua não se negocia como o petróleo”. Já o Partido Comunista Português (PCP) se absteve, alegando por meio do deputado João Oliveira que a resolução modificativa “não pode ser desligada do conteúdo material do acordo ortográfico”.

Na apresentação da resolução, o ministro português da Cultura defendeu “a unificação da grafia do português, já que há tendências para se aprofundarem as diferenças” e disse que o acordo vai “facilitar o uso do português por pessoas de graus de erudição diversos” disse José António Pinto Ribeiro. O ministro português está confiante na implementação do novo Acordo Ortográfico e salientou a necessidade de uniformização da grafia como “essencial” à internacionalização da língua portuguesa.

Manifesto contra
Um manifesto online contra o acordo ortográfico, iniciado em 2 de Maio, reuniu mais de 33 mil assinaturas, e foi entregue ao presidente da Assembleia da República nesta mesma sexta-feira.

Foram entregues também pareceres demonstrando as “fragilidades técnicas, científicas e políticas do acordo” e uma lista de 154 personalidades dos meios académico, cultural e artístico que assinaram a petição. Segundo o texto, a reforma ortográfica tem “inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades”, classificando a proposta de “mal concebida”, “sem critério de rigor”, desnecessária e perniciosa.

"Lusa" do Mundo Lusíada.

 

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Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

Divergências ou nacionalismo?

Porque é o Acordo Ortográfico tão impopular?

Sem Acordo, o que vai acontecer é que se vai consagrar a diferença entre a "língua portuguesa" e a "língua brasileira", tornando-se esta, (a brasileira) cada vez mais, a língua lusófona por excelência.

Todos os outros países lusófonos adoptarão a grafia brasileira.


 


1. Não me surpreende o relativo sucesso da petição lançada contra o Acordo Ortográfico. Já afirmei publicamente que, se o Acordo fosse sujeito a referendo, o resultado seria um expressivo não. Digo-o apesar de ser um apoiante do Acordo, e (o segundo) subscritor da petição lançada pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono, em prol de uma mais rápida implementação do mesmo.
Mas as coisas são como são: as razões para apoiar este Acordo derivam sobretudo de uma "visão estratégica" que procura promover a maior unidade possível da Lusofonia. Ora, a maior parte das pessoas é pouco sensível a essa "visão estratégica", preocupando-se apenas com a "língua portuguesa" em particular – não com a Lusofonia como um todo. E por isso são indiferentes ao facto, totalmente absurdo, de, actualmente, nos fóruns internacionais, como na ONU, os documentos terem que ser traduzidos para "duas línguas": "a portuguesa" e "a brasileira".

2. Decerto, muitos daqueles que estão contra o Acordo Ortográfico, a começar pelo insigne poeta Vasco Graça Moura, amam, de facto, a língua portuguesa. Não é, pois, esse, o ponto. O ponto é que o Acordo não tem a ver apenas com a língua portuguesa mas com a Lusofonia, na sua acepção mais vasta. Ou seja, não apenas portuguesa.
Em 1911, Portugal, com a reforma ortográfica que fez, cindiu, unilateralmente, a unidade da língua. Daí decorreu um afastamento cada vez maior entre o "português" e o "brasileiro". Com este Acordo, há uma real possibilidade de reunificação – não é a perfeita, mas é a possível (obviamente, um prato recolado nunca fica tão perfeito como um prato não partido). Sem Acordo, o que vai acontecer é que se vai consagrar a diferença entre a "língua portuguesa" e a "língua brasileira", tornando-se esta, cada vez mais, a língua lusófona por excelência.

3. É óbvio que, como bradam muitos dos opositores ao Acordo, este configura uma "violência" sobre a língua portuguesa e que não há razões endógenas para o fazer. A língua, por si só, não o pede. Por isso, todo o debate sobre o Acordo centrado em razões linguísticas está condenado ao fracasso. Ainda que o espantalho do abastardamento da etimologia seja apenas isso, um espantalho: apenas para dar três exemplos, de acordo com a etimologia, "erva" deveria escrever-se "herva"; "contrato" deveria ser grafado "contracto" e "prático" deveria ser "práctico". Se os opositores do Acordo insistem neste argumento, deviam pois propor o regresso à "orthographia" utilizada antes de 1911.

4. Há também aqueles que estão contra o Acordo porque acham que ele não vai suficientemente longe. Não tenhamos ilusões: se este Acordo naufragar, não haverá, no espaço de 20 anos, nenhuma outra proposta de Acordo. E aí já será tarde: nessa altura, já todos os outros países lusófonos adoptarão a grafia brasileira.

5. Finalmente, há uma razão ainda mais prosaica para a maior parte das pessoas estar relutante em relação ao Acordo: quando este for finalmente implementado, as pessoas vão ter que "reciclar" o seu modo de escrever. Ora, isso dá trabalho. É muito mais "convincente" defender que tudo deve ficar na mesma...

Renato Epifânio
 

Aqui fala-se Português editou às 20:21
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Sábado, 12 de Abril de 2008

Jornal de Notícias - Portugal

Professores desamparados

Sérgio Almeida

Mal as notícias sobre a ratificação iminente do Acordo Ortográfico começaram a ocupar um espaço crescente na agenda mediática, Alexandra A., professora de Português numa escola do distrito do Porto, esperou por instruções do Ministério da Educação para conhecer em pormenor os pormenores das mudanças. Em vão. Como o silêncio oficial sobre o assunto teimava em eternizar-se, a docente resolveu chamar a si mesma a tarefa. "Pesquisei sobre o assunto, tanto em jornais como na internet, para tentar inteirar-me sobre o que está em causa. E, pelo que li e ouvi, as alterações não serão tão insignificantes como isso, pelo que as acções de formação e esclarecimento já deveriam estar no terreno", conclui.

Alexandra não é caso único. A própria Associação de Professores de Português (APP) continua à espera que o ministério de Maria de Lurdes Rodrigues responda a uma carta, com data de 14 de Março passado, na qual solicitava esclarecimentos sobre o AO. "Para não acontecer o que aconteceu com a TLEBS (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário), que ainda hoje ninguém sabe se já está em vigor, é imperioso que a legislação sobre o assunto seja clara, definitiva e universal", defende Paulo Feytor Pinto, presidente da APP.

O que fazer aos alunos?

A necessidade de uma revisão da língua merece consenso generalizado. Cândida Barros, da Escola Secundária Manuel Laranjeira, em Espinho, concorda com os objectivos inerentes ao AO, mas rejeita os resultados finais, que, em seu entender, demonstram uma secundarização do papel português. "Andamos a reboque do Brasil", opina a docente, preocupada com a falta de informação sobre o assunto "É fundamental que o Ministério da Educação informe rapidamente as escolas sobre o que se vai passar".

Motivo de preocupação maior da classe docente é o período de transição de seis anos, durante o qual ninguém sabe dizer com exactidão se serão válidas as duas grafias, a actual ou a que vai entrar em vigor, se tudo correr como o previsto, em 2014. E se há largas correntes de opinião que consideram que os alunos deverão assimilar sem problemas as mudanças, devido à reduzida habituação à actual grafia, não faltam professores que defendem também o contrário, como Alexandra A. "Vai ser uma verdadeira confusão, pois se, com as regras em vigor, já dão tantos erros assim, o que fará com as modificações?"

Professora de Português na Escola Secundária António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, Lúcia Vaz Pedro questiona o 'timing' do processo, que coincide com a polémica TLEBS. "Os professores de Português já estão sujeitos a uma pressão tão grande nesta altura, que teria sido preferível para todos escolher uma altura mais favorável". Mesmo considerando que a TLEBS é "muito mais complexa", a professora acredita que "não há tempo a perder", pois "é pouco tempo para aprender tanta coisa" .

"Mais debates, não"

Que o Acordo Ortográfico é uma questão fracturante, condenada a suscitar opiniões contrárias, eis uma evidência que poucos contestarão. Mais surpreendente será a divisão absoluta entre a classe docente, o que levou a própria APP a abster-se do assunto. Segundo o presidente, o debate interno saldou-se por "um empate técnico absoluto". "Há quem esteja radicalmente a favor e outros tantos que estão radicalmente contra", enfatiza Feytor Pinto, ao mesmo tempo que sublinha que "a divisão reflecte bem o que se passa a nível nacional".

Pelos contactos mantidos, o dirigente tem-se apercebido de que os professores mais experientes são os que colocam mais entraves ao Acordo, posição que diz não estranhar, porquanto "é da própria natureza humana ficarmos mais conservadores à medida que vamos envelhecendo".

A associação representativa dos professores de Português critica o ministério por descurar a informação, mas não considera que o assunto deva ser alvo de mais debates "Há 20 anos que andamos a discutir isto. De discussão já estamos fartos".

Paulo Feytor Pinto elege até o momento que considera ideal para a mudança "Se isto for para a frente, que se aproveite então a próxima revisão curricular, com uma nova leva de manuais já pronta".

extraído do: Jornal de Notícias

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Sexta-feira, 21 de Março de 2008

ratificar o acordo ortográfico...

Acordo Ortográfico
António Tavares



Quase desde criança ouço falar de um acordo ortográfico entre todos os países com o português como língua oficial. Em 1990 muito se falou desse acordo, mas ficou apenas por isso mesmo, conversa.

Agora parece que finalmente o governo português se decidiu a ratificar o acordo por uma ortografia comum do idioma português.
Pretende-se com o Acordo a unidade da Língua na escrita e só na escrita, naturalmente.

Acreditam alguns especialistas, e não apenas eles, mas também os políticos, que, unificada, a Língua portuguesa terá outra força, ganhará em «poder de afirmação» nas instâncias internacionais.
Em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico?

A unificação da ortografia implica que 1.6 por cento do vocabulário português tem de ser modificado. No vocabulário brasileiro haverá 0.45 por cento de alterações. Isto é o que diz o Acordo, mas, na prática, a percentagem é muito maior na língua portuguesa, tanto mais que as palavras em causa são frequentemente usadas. a dupla grafia pode atenuar as alterações.

O alfabeto passa a ter 26 letras com a inclusão do «K», o «Y» e o «W»;

Apesar das mudanças a nível de ortografia, as pronúncias próprias de cada país continuam iguais.

Exemplos de palavras que vão ter dupla grafia devido à diferença de pronúncia entre Portugal e Brasil:
académico/acadêmico, amazónia/amazônia, anatómico/anatômico, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, cénico/cênico, cómodo/cômodo, efémero/efêmero, fenómeno/fenômeno, gémeo/gêmeo, género/gênero, génio/gênio, ténue/tênue, tónico/tônico e também bebé/bebê, bidé/bidê, canapé/canapê, caraté/caratê, cocó/cocô, croché/crochê, guiché/guichê judo/judô, matiné/matinê, metro/metrô, puré/purê.

Exemplos práticos de alterações na grafia: cai o «h» como em «húmido» e fica úmido, desaparecem o «c» e o «p» nas palavras onde não se lêem (são mudos), como acção, acto, baptismo ou óptimo.

Mais exemplos de consoantes que desaparecem com o novo acordo: acionar, adjetival, adjetivo, adoção, adotar, afetivo, apocalítico, ativo, ator, atual, atualidade, batizar, coleção, coletivo, contração, correção, correto, dialetal, direção, direta, diretor, Egito, eletricidade, exatidão, exato, exceção, excecionalmente, exceções, fator, fatura, fração, hidroelétrico, inspetor, letivo, noturno, objeção, objeto, ótimo, projeto, respetiva, respetivamente, tatear.

Nas sequências «mpc», «mpç» e «mpt», se o «p» for eliminado, o «m» passa a «n», como assunção e perentório.

As terminações verbais «êem» deixam de ser acentuadas em Portugal e no Brasil (exemplos: creem, deem, leem, veem, incluindo os verbos com as mesmas terminações: descreem, releem, reveem, etc).

Deixa de ter acento diferencial a forma verbal de «para».

O acento diferencial para distinguir o passado do presente passa a ser facultativo As formas monossilábicas do verbo haver perdem o hífen. Exemplos: «hei de», «hás de», «há de», «hão de». A palavra «fim-de-semana» também fica sem hífen.

O hífen cai também em palavras compostas (em que se perdeu a noção de composição), que passam a ser escritas assim: mandachuva, paraquedas e paraquedista.

Ainda em relação ao hífen: fusões de palavras quando há duplicação do «s» ou do «r», como antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, extrarregular, infrassom.

O novo acordo recomenda também que se generalize a fusão quando a terminação é uma vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: extraescolar, autoestrada.
Meses e estações do ano passam a escrever-se com letra minúscula

No vocabulário brasileiro desaparece o acento circunflexo em palavras como abençôo, vôo, crêr, lêr e outras.

Desaparece também também o trema em palavras como lingüíça, freqüencia ou qüinqüénio, assim como o acento agudo nos ditongos abertos como por exemplo assembléia ou idéia.

Os defensores do acordo fazem questão de sublinhar que não elimina em nenhuma palavra qualquer letra que se leia numa pronúncia culta da língua, não estabelece regras de sintaxe, não interfere com a coexistência ou com as regras de normas linguísticas regionais, tem a ver somente com a maneira de escrever as palavras!

Com o Acordo Ortográfico, a grafia das palavras passa a ser regulamentada nos países de língua portuguesa.

Muitas bandeiras se têm levantado nos ultimos dias, umas a favor do Acordo, outras contra, quanto a mim sinceramente não me agrada ter que “desaprender” tudo o aprendi e utilizei desde a primária, no entanto reconheço que algumas destas alterações até fazem sentido p.ex. batismo em vez de, baptismo, outras nem por isso p.ex. se deixar de existir o acento diferencial da forma verbal de «para» como vamos distinguir o «para» do «pará» ou o «facto» do «fato»?.

No entanto tal como dizia Fernando Pessoa - «a minha Pátria é a Língua Portuguesa» e se este Acordo resultar realmente numa consolidação da Língua Portuguesa como língua de múltiplos continentes então será muito pouco aquilo que nós é pedido.

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Sexta-feira, 7 de Março de 2008

Portugal aprova acordo ortográfico

Presidente da Academia Brasileira de Letras
congratula-se com aprovação acordo ortográfico
7 de Março de 2008, 19:34


Rio de Janeiro, Brasil, 07 Mar (Lusa) - O presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, congratulou-se hoje com a aprovação do acordo ortográfico pelo governo português, salientando tratar-se de uma "boa notícia" para todo o Brasil.

"Nós vamos ser uma língua escrita da mesma forma. Não importa a maneira como vamos pronunciar as palavras, mas a grafia será a mesma", frisou.

Cícero Sandroni falava aos jornalistas portugueses no Rio de Janeiro, depois de ter entregado ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, um exemplar de um jornal brasileiro que hoje titulava "Portugal dá aval à reforma ortográfica".

Recordando Fernando Pessoa - "a minha Pátria é a Língua Portuguesa" - e que o acordo ortográfico já foi ratificado pelo Brasil, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, Cícero Sandroni acrescentou que a decisão de Portugal "é muito importante para a afirmação da Língua Portuguesa no mundo, que hoje tem mais de 200 milhões, talvez 220 milhões de utentes".

O Conselho de Ministros aprovou quinta-feira a proposta do segundo protocolo modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1991, comprometendo-se a adoptar as medidas adequadas para "garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos".

Questionado sobre se também dá o aval ao acordo, Cavaco Silva, ao lado do presidente da Academia Brasileira de Letras, respondeu que, segundo o princípio da separação de poderes, o Presidente da República "fica a aguardar que a Assembleia da República discuta o acordo ortográfico e depois o submeta a promulgação".

Cavaco Silva reafirmou que a decisão do Conselho de ministros "foi como que uma associação da parte do Governo" às celebrações do bicentenário da transferência de corte portuguesa para o Brasil.

"Essa transferência também significou de alguma forma a consolidação da Língua Portuguesa como língua de múltiplos continentes", referiu o Presidente da República.

"Numa caminhada em conjunto durante séculos, há um acontecimento histórico que começa em 1808 que dá um contributo decisivo para que hoje as nações (Portugal e Brasil) sejam nações irmãs, onde a Língua Portuguesa é uma peça decisiva da identidade dos dois países", acrescentou.

Cavaco Silva está no Rio de Janeiro desde quinta-feira, para participar nas comemorações brasileiras dos 200 anos da chegada da corte portuguesa ao Brasil.

A visita, de três dias, efectua-se a convite do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da silva, que se encontrará ainda hoje como Cavaco Silva.

Lusa/Fim


 

Aqui fala-se Português editou às 20:28
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Sexta-feira, 16 de Novembro de 2007

Bush criticou as despesas com o ensino de português

EUA/Português:
Secretário de Estado lamenta declarações de Bush sobre ensino de português

16 de Novembro de 2007, 10:49

 

Lisboa, 16 Nov (Lusa) - O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, lamentou hoje as declarações do presidente norte-americano, George Bush, que terça-feira criticou as despesas com o ensino de português nos Estados Unidos.

"Lamento que o Português, língua oficial de oito países, com 250 milhões de falantes e instrumento de trabalho nas instâncias internacionais possa ser vista nesta perspectiva", disse António Braga à agência Lusa.

O presidente norte-americano, George W. Bush, vetou terça-feira uma proposta apresentada pelo congressista democrata Patrick Kennedy de financiamento de programas de educação, onde se incluía o ensino do português como segunda língua, classificando-os como "projectos esbanjadores".

"O Congresso deve aos contribuintes esforços melhores", disse Bush.

António Braga reconhece legitimidade à posição assumida pelo presidente dos Estados Unidos, contudo sublinhou que esta não corresponde à "crescente importância e afirmação do português", que tem vindo a ser adoptado como segunda língua em outros países, como no Uruguai.

O responsável português adiantou ainda que é apenas uma "questão de tempo" até que o presidente norte-americano se aperceba dessa importância.

António Braga rejeita a ideia de que a opinião de George W. Bush possa influenciar outros países nesta matéria e não acredita que a comunidade portuguesa se sinta melindrada com a opinião do presidente.

Nos Estados Unidos, vive mais de um milhão de portugueses.

CFF

Lusa/Fim

 

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Domingo, 11 de Novembro de 2007

Acordo Ortográfico...

Acordo Ortográfico: O que vai mudar quando estiver em vigor
 

Os efeitos não serão imediatos - mas a disposição recentemente anunciada pelo governo português de aprovar até ao final do ano o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa poderá ter desfeito algumas dúvidas, atenuado reticências, dissipado mesmo suspeições de «bloqueio».

O processo, de um momento para o outro, parece ter ganho um novo ímpeto. Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, disposição idêntica à de Portugal foi entretanto manifestada por Angola, Moçambique e Guiné-Bissau: os três comprometeram-se a ratificar «rapidamente» o Acordo e o Protocolo Modificativo. Falta agora converter «rapidamente» em medida de tempo...

A pergunta tem sido e continuará a ser feita: quando todo o processo - legal e diplomático - estiver concluído, quantos mais anos serão necessários para que todos os países falantes de Português o escrevam da mesma maneira?

Malaca Casteleiro, um linguista na primeira linha da defesa do Acordo, disse à Lusa que, entrando o documento em vigor, será necessário um período de adaptação «que não deve ser inferior a quatro anos, para permitir as alterações em dicionários, manuais escolares e para a aprendizagem das alterações ortográficas».

Quatro anos em Portugal, o Brasil não deverá levar mais tempo a consegui-lo, mas quantos anos em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,São Tomé e Príncipe ou em Timor-Leste, que não solicitou ainda a adesão ao Acordo?

O futuro - o que é dizer também a real vontade política dos intervenientes - o dirá.

Pretende-se com o Acordo «a unidade da Língua» - na escrita e só na escrita, naturalmente. Acreditam os especialistas, e não apenas eles, que, unificada, a Língua portuguesa terá outra força, ganhará em «poder de afirmação» nas instâncias internacionais.

Para que a unidade se efective há cedências a fazer de um lado e do outro do Atlântico. Quem cede mais?

Os especialistas deitaram-se ao estudo e fizeram balanços: as modificações propostas no Acordo devem alterar 1,6% do vocabulário de Portugal.

Os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever «húmido» para usar a nova ortografia - «úmido».

Desaparecem também da actual grafia em Portugal o «c» e o «p» nas palavras em que estas letras não são pronunciadas, como em «acção», «acto», «baptismo» e «óptimo».

Diz Malaca Casteleiro que as alterações a introduzir, «importantes para unificar e dar força» à língua portuguesa, «não são dramáticas, não vão assustar as pessoas».

No Brasil, a mudança será menor, porquanto apenas 0,45% das palavras terão a escrita alterada.

O trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente e ao hífen acontece o mesmo quando o segundo elemento da palavra comece com «s» ou «r», casos em que estas consoantes devem ser dobradas, como em «antirreligioso» e «contrarregra».

Apenas quando os prefixos terminam em «r» se mantém o hífen. Exemplos: hiper-realista, super-resistente.

O acento circunflexo sai também de cena nas paroxítonas (palavras com acento tónico na penúltima sílaba) terminadas em «o» duplo («vôo» e «enjôo»), usado na ortografia do Brasil, mas não na de Portugal, e da terceira pessoa do presente do indicativo ou do conjuntivo de «crer», «ler», «dar», «ver» e os seus derivados. Passará a escrever-se: creem, leem, deem e veem.

No Brasil, o acento agudo deixará de usar-se nos ditongos abertos «ei» e «oi» de palavras paroxítonas como «assembleia» e «ideia».

Com a incorporação do «k», «w» e «y», o alfabeto deixará de ter 23 letras para ter 26.

Diário Digital / Lusa

11-11-2007 10:01:00

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Sábado, 20 de Outubro de 2007

Morreu José Aparecido de Oliveira

Brasil: José Aparecido de Oliveira,
idealizador da CPLP, morreu em Belo Horizonte

20 de Outubro de 2007, 16:41
 

Brasília, 20 Out (Lusa) - O idealizador e um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), José Aparecido de Oliveira, morreu sexta feira aos 78 anos em Belo Horizonte, devido a uma insuficiência respiratória.

Ex-embaixador do Brasil em Portugal, ex-ministro da Cultura e ex-governador do Distrito Federal, o político mineiro estava internado desde há 18 dias com um dos pulmões afectado por um cancro.

O corpo de José Aparecido está a ser velado no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, e será enterrado hoje na sua cidade natal, Conceição do Mato Dentro, a cerca de 160 quilómetros de Belo Horizonte.

No estado de Minas Gerais e no Distrito Federal foi decretado luto oficial por três dias.

José Aparecido de Oliveira começou a sua carreira política como secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros, em 1962.

Nesse mesmo ano, foi eleito deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN).

Em 1964, teve o mandato suspenso após o golpe militar, voltando à Câmara dos Deputados apenas em 1982.

No início da década de 1980, foi um dos principais parceiros do influente político Tancredo Neves, que mais tarde viria a ser Presidente, embora tenha morrido antes de tomar posse.

Essa proximidade com Tancredo fez com que José Aparecido fosse nomeado governador do Distrito Federal, entre 1985 e 1988.

Foi depois ministro da Cultura no governo do então Presidente José Sarney, de Setembro de 1988 a Março de 1990.

No governo do ex-Presidente Itamar Franco (1992-1994), Aparecido de Oliveira foi embaixador do Brasil em Portugal, ocasião em que impulsionou a criação da CPLP.

O seu último cargo político foi como assessor especial de Relações Internacionais na administração de Itamar Franco no governo de Minas Gerais (1999-2003).

Em nota divulgada à imprensa, o governo brasileiro lamentou profundamente a morte do embaixador José Aparecido de Oliveira.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, está a representar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no velório em Belo Horizonte.

CMC.

Lusa/Fim

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